terça-feira, fevereiro 15

Salários - Durão Barroso ganha mais do que José María Aznar

De: MSNnickname:troca10 (Mensagem original) Enviado: 13/2/2005
Salários
Durão Barroso ganha mais do que José María Aznar

Joana Andrade e Vítor Matos

É voz corrente que os políticos ganham pouco em Portugal, sobretudo quando se pensa nos salários que poderiam receber no sector privado. Será verdade? Muitos contrapõem com os baixos salários dos portugueses, outros comparam os vencimentos dos políticos com as elevadas remunerações dos executivos nacionais ou com as dos gestores de empresas públicas. O Diário Económico comparou os ordenados da classe dirigente com os “vizinhos” espanhóis e com os líderes de vários países europeus e Estados Unidos da América. E todos ganham mal em relação aos privados.

O primeiro-ministro, Durão Barroso, recebe um salário bruto de 7,2 mil euros, um valor 6% superior ao do seu hómologo espanhol, José María Aznar. A comparação não seria tão “curiosa”, não fosse dar-se o caso de o salário mínimo português (356,60 euros) ser 20,7% inferior ao espanhol (451,20 euros). No caso das estimativas existentes para o salário médio dos dois países, os trabalhadores portugueses (598,56 euros) ficam ainda mais longe, auferindo menos 57,25% do que os espanhóis.

Dentro dos dois governos, Portugal também leva a melhor nos ministros e secretários de Estado. Será caso para dizer que os políticos lusos são bem pagos? Os ministros portugueses recebem mais 4,5% do que os seus colegas espanhóis. No caso dos secretários de Estado, em Espanha ganham menos 2,2%.

Muito importantes para estes cálculos entre governantes são as despesas de representação, já incluídas nos valores que o DE apresenta. Na maior parte dos casos, os titulares de altos cargos públicos têm direito a “extras” que são verdadeiros salários. Durão Barroso recebe mensalmente 2.069,38 euros para representação do Estado. Os seus ministros recebem 1.793,46 euros e os secretários de Estado 1.448,57 euros. No caso espanhol, «o valor indicado [6.805,12] inclui todas os extras e despesas de representação atribuídas ao presidente do Governo», frisou, em declarações ao DE, o assessor de imprensa do porta-voz do Governo espanhol. O mesmo se passa com os ministros e secretários de Estado castelhanos.

Os vencimentos e “extras” dos titulares de altos cargos políticos portugueses não tiveram qualquer actualização este ano, assim como os salários da Função Pública acima dos mil euros, recordou ao DE o porta-voz do Ministério das Finanças. Recorde-se que, em 1990, foi suspensa a actualização automática dos vencimentos dos titulares de altos cargos.

«Não é lógico que um primeiro-ministro ganhe menos do que um gestor público», defende Luís Reis, ‘managing partner’ do Hay Group, consultora de recursos humanos e remunerações, sustentando que «um gestor pode ganhar três, cinco ou dez vezes mais do que o primeiro-ministro. A maior parte dos directores [nas empresas privadas], abaixo das administrações, ganha mais do que isso. Um director de vendas recebe, em média, 10 a 12 mil euros mensais». «Num contexto de mercado, o primeiro-ministro devia ganhar cinco a dez vezes mais», defende.

Mudando de órgão de soberania, também no Parlamento há disparidades entre os dois países. O presidente do Congresso espanhol é uma das figuras do Estado mais bem pagas, recebendo 12.500 euros brutos por mês, de acordo com dados do jornal Expansión, um valor 46% superior ao do presidente da Assembleia da República. Mota Amaral, a segunda figura do Estado, recebe 6.733,76 euros. Já no caso dos deputados, em Portugal o regime salarial é mais favorável em 13,57%. Se optarem pela exclusividade, recebem mais 10% em despesas de representação, ascendendo a 3.785,8 euros. Se os políticos portugueses são mal pagos, os espanhóis têm muito para lamentar...


PORTUGUESES, OS POLÍTICOS PORTUGUESES, GANHAM MAL... MUITO MAL, COITADITOS.

Transcrito da ComunidadeMSN POLÍCIAS&SEGURANÇA

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