up yours
Um padre franciscano publicou um anúncio num jornal, fundamentando-se num cânone da igreja católica que não diz o que o padre diz que diz, e que para além disso contradiz inumeros outros cânones da igreja sobre o perdão, a compreensão, a tolerância e o dever de prestar os serviços de apoio espiritual aos crentes seguindo a tradição e o exemplo de cristo que, entre outras coisas não só concedeu o perdão à prostituta maria madalena, como era seu amigo e com a qual convivia.
Esse padre acha, como o exemplo que deu na televisão, que jamais poderia dar a sagrada comunhão ao ex-candidato à presidência dos estados unidos John Kerry por este ser a favor da contracepção e da interrupção voluntária da gravidez, porque isso promove a morte de seres humanos inocentes, mas acha que pode dar a sagrada comunhão ao senhor george w. bush que, e falando apenas no iraque, promoveu a organizou a morte de dezenas de milhares de seres humanos inocentes.
Esse padre acha-se no direito de escrever, e passo a citar: 'da parte de nosso senhor jesus cristo convida todos ao arrepeendimento...' (acho estranho que este padre não se excomungue a si próprio por ter a ousadia de falar 'da parte de nosso senhor jesus cristo...' como penso que sabem sou ateu. Isto é, não acredito na existência de deuses sejam lá quais forem, como não acredito na existência de quaisquer forças ou entidades não humanas ou fora das leis da natureza que possam reger a forma como o mundo se desenvolve.
Não tenho, obviamente, nada contra quem nisso acredita, e jamais tenho discussões seja com quem for sobre religião no sentido de provar a justeza das minhas convicções contra a 'não justeza' nas opiniões dos outros. se as pessoas são crentes e se isso as torna melhores e/ou mais felizes, que o sejam, ainda bem. Ao contrário do que acontece com as ideias políticas, não discuto a fé dos outros sendo que, do ponto de vista cultural e histório, o assunto me interessa e procuro informar-me sobre ele. A questão que se me coloca no caso deste franciscano é portanto apenas a que decorre da coerência moral (pessoalmente, é-me irrelevante se ele me daria a sagrada comunhão ou não porque, para mim, aquilo é apenas uma pequena folha de farinha misturada com àgua) isto é, se o que o senhor diz está de acordo com o que apregoa ele e a igreja a que pertence, e se os outros membros da sua igreja igualmente fazem e, de facto, a igreja católica (como as outras religiões todas, verdade seja dita) tem sempre vários pesos e várias medidas para avaliar o que eles fazem comparativamente ao que dizem e o que a generalidade dos outros humanos fazem comparativamente ao que dizem ou não.
Se o secretário geral das nações unidas (dou este exemplo por ser um cargo de influência mundial e de não directa capacidade legislativa nos povos e nas nações) estivesse na situação de saúde do papa e não abandonasse o cargo, as católicas vozes clamariam porque o senhor estava agarrado ao poder e certamente cercado de corruptos acessores que não queriam que o poder de estarem associados ao chefe se perdesse. Como é o papa que está no estado de saúde em que está, é um exemplo para o mundo pelo sofrimento e pela dedicação à causa de cristo, sofredor ele também como o papa. Se eu disser que de cristo não se sabe, em rigor, nada da vida dele até aos 30 anos e que mesmo depois disso o que está históricamente provado está a léguas do que foi transmitido pelos escritos do novo testamento (escritores esses que jamais conviveram com cristo... o mais próximo da sua vida foi Paulo que nunca esteve pessoalmente com ele e Tiago, o seu irmão, tem o seu 'evangelho' como 'biografia não autorizada'), se eu disser que o comportamento de cristo é tipicamente o de um esquizofrénico (tal como o de maomé e por aí adiante...) eu serei chamado de intolerante, blasfemo e outros mimos parecidos. Se a igreja andar há 2000 anos a dizer coisas que do ponto de vista científico e histórico não fazem o mínimo sentido, eu tenho que as respeitar e seguir, sob pena de excomunhão. Não fora o facto da igreja catótila ter o peso que tem na sociedade em que vivo, estar-me-ia a defecar para o assunto e para os senhores. Infelizmente não é assim. O anúncio deste padreca acéfalo não diz respeito apenas aos que são católicos e que gostariam de receber a sagrada comunhão: diz respeito a toda a sociedade. O que este anúncio mostra é a nostalgia pela santa inquisição.Infelizmente não podemos (os não crentes) reagir a isto com um simples up yours.
O assunto é bem mais sério.
Esse padre acha, como o exemplo que deu na televisão, que jamais poderia dar a sagrada comunhão ao ex-candidato à presidência dos estados unidos John Kerry por este ser a favor da contracepção e da interrupção voluntária da gravidez, porque isso promove a morte de seres humanos inocentes, mas acha que pode dar a sagrada comunhão ao senhor george w. bush que, e falando apenas no iraque, promoveu a organizou a morte de dezenas de milhares de seres humanos inocentes.
Esse padre acha-se no direito de escrever, e passo a citar: 'da parte de nosso senhor jesus cristo convida todos ao arrepeendimento...' (acho estranho que este padre não se excomungue a si próprio por ter a ousadia de falar 'da parte de nosso senhor jesus cristo...' como penso que sabem sou ateu. Isto é, não acredito na existência de deuses sejam lá quais forem, como não acredito na existência de quaisquer forças ou entidades não humanas ou fora das leis da natureza que possam reger a forma como o mundo se desenvolve.
Não tenho, obviamente, nada contra quem nisso acredita, e jamais tenho discussões seja com quem for sobre religião no sentido de provar a justeza das minhas convicções contra a 'não justeza' nas opiniões dos outros. se as pessoas são crentes e se isso as torna melhores e/ou mais felizes, que o sejam, ainda bem. Ao contrário do que acontece com as ideias políticas, não discuto a fé dos outros sendo que, do ponto de vista cultural e histório, o assunto me interessa e procuro informar-me sobre ele. A questão que se me coloca no caso deste franciscano é portanto apenas a que decorre da coerência moral (pessoalmente, é-me irrelevante se ele me daria a sagrada comunhão ou não porque, para mim, aquilo é apenas uma pequena folha de farinha misturada com àgua) isto é, se o que o senhor diz está de acordo com o que apregoa ele e a igreja a que pertence, e se os outros membros da sua igreja igualmente fazem e, de facto, a igreja católica (como as outras religiões todas, verdade seja dita) tem sempre vários pesos e várias medidas para avaliar o que eles fazem comparativamente ao que dizem e o que a generalidade dos outros humanos fazem comparativamente ao que dizem ou não.
Se o secretário geral das nações unidas (dou este exemplo por ser um cargo de influência mundial e de não directa capacidade legislativa nos povos e nas nações) estivesse na situação de saúde do papa e não abandonasse o cargo, as católicas vozes clamariam porque o senhor estava agarrado ao poder e certamente cercado de corruptos acessores que não queriam que o poder de estarem associados ao chefe se perdesse. Como é o papa que está no estado de saúde em que está, é um exemplo para o mundo pelo sofrimento e pela dedicação à causa de cristo, sofredor ele também como o papa. Se eu disser que de cristo não se sabe, em rigor, nada da vida dele até aos 30 anos e que mesmo depois disso o que está históricamente provado está a léguas do que foi transmitido pelos escritos do novo testamento (escritores esses que jamais conviveram com cristo... o mais próximo da sua vida foi Paulo que nunca esteve pessoalmente com ele e Tiago, o seu irmão, tem o seu 'evangelho' como 'biografia não autorizada'), se eu disser que o comportamento de cristo é tipicamente o de um esquizofrénico (tal como o de maomé e por aí adiante...) eu serei chamado de intolerante, blasfemo e outros mimos parecidos. Se a igreja andar há 2000 anos a dizer coisas que do ponto de vista científico e histórico não fazem o mínimo sentido, eu tenho que as respeitar e seguir, sob pena de excomunhão. Não fora o facto da igreja catótila ter o peso que tem na sociedade em que vivo, estar-me-ia a defecar para o assunto e para os senhores. Infelizmente não é assim. O anúncio deste padreca acéfalo não diz respeito apenas aos que são católicos e que gostariam de receber a sagrada comunhão: diz respeito a toda a sociedade. O que este anúncio mostra é a nostalgia pela santa inquisição.Infelizmente não podemos (os não crentes) reagir a isto com um simples up yours.
O assunto é bem mais sério.
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