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Queixa-se o "Ocidente", dito "Guardião do Saber, Democracia e Humanismo" dos perigos daqueles a que demonizam, em tantos aspectos, chegando a zombar e, menorizar a suas capacidades enquanto estados. Um dos aspectos mais "gozados" são a qualidade e forma de entender e mover-se no mundo dos negócios. Ora, qualquer um sabe que, a celeridade de processos, na actividade comercial, é mais de meio caminho para o sucesso, produtividade e resultados (lucro). A sistematização de praticas que permitam um serviço rápido e eficiente acabam por tornar, quem executa deste modo a actividade, alvo preferencial, em detrimento de quem se prende com conceitos desajustados à realidade actual.
A seguir deixo o exemplo que poderá ilustrar, não sendo só esta uma das causas, mas de certo uma das mais fortes, juntamente com o absurdo confisco de impostos sobre artigos, muitas vezes em segunda mão (e até ofertas/brindes!).
É simples. O quadro que ilustra a publicação é uma captura de ecrã de um site de seguimento de uma encomenda que fiz e me foi remetida do Reino Unido, em 20 de SETEMBRO. A encomenda deu entrada nos serviços nacionais de expedição no dia 25 de SETEMBRO, foi seleccionada para rastreio alfandegário. Fui informado, alguns dias que deveria teria de enviar toda a documentação (fotos, site, comprovativo da transacção com respectivo pagamento e facturas). Assim fiz no próprio dia e ao fim de uma semana, enviam-me um email informando-me o imposto a pagar sobre o artigo em "análise", em segunda mão, tendo chegado eu à conclusão que, o valor a pagar de imposto, somado ao que pagara pelo mesmo na origem, ficaria substancialmente mais caro do que se o tivesse comprado novo (mesmo fora do espaço UE!!!). Obviamente, dei imediatamente ordem de devolução, informei o vendedor (que entendeu e lamentou ter enviado por via postal normal!), isto no dia 10 de Outubro. O envio só foi remetido dia 18 de Outubro, com destino à GB, via Suiça. Como podem aferir pela imagem, hoje, dia 24 de Novembro, ou seja, 61 dias passados desde a aquisição de um artigo, um pacote, pouco mais pequeno que uma caixa de sapatos, anda ainda a "navegar" por entre alfândegas, centrais de transito de correio, restando-me a esperança de, pelo menos até ao fim do mês - ou quiçá do ano!! - me ser feita a devolução do valor pago. E, já espero ter de descontar o valor do frete de retorno. Nem o vendedor pode voltar a por o artigo no circuito, nem eu revejo o "graveto".
Já me aconteceu devolver objectos que demoraram 4 ou 5 dias a chegar da China (sei que utilizam HUBs próprios em vários locais da Europa, a partir de onde enviam os produtos, evitando a viagem desde a Ásia) e ao fim de um dia - às vezes horas - se feita a devolução, o estorno estava na minha conta.
Há muitas lições de eficiência, eficácia e boas praticas comerciais que nos dão a nós, Europeus. Por isso uns florescem e crescem economicamente, enquanto outros, riem-se deles, e desculpam o insucesso com argumentos sem sentido.
Por cá tem-se o hábito de dizer "o cliente tem sempre razão"; do outro lado, nem tempo dão para invocar esse estribilho, porque sabem o que lhes dá dinheiro, entre ganhos e perdas.
Definitivamente, quem ainda não se apercebeu que o "centro do Mundo" mudou de localização, anda mesmo a dormir, ou padece de delírios...
JVC
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