Pois é, maravilha das maravilhas, isto de ter teclados com acentos e cedilhas, em que a simbologia está no sítio certo. Sempre que saio do rectângulo, sinto, cada vez mais, aquilo que sente quem procura lá fora um melhor futuro para as suas vidas. Desta vez, foi demais; para mim, chegou o momento para dizer basta. Cada vez mais me sinto mal quando ouço falar mal do nosso país, de forma gratuita e leve. Vou passar a somar os prós e os contras das comparações e avaliações entre a maneira de ser de outros povos, de outras gentes e de outras culturas, analisá-los e compará-los com maior rigor e só depois fazer juízos de valor acerca deste país e dos seus paisanos.
Porque será que este tipo, que até costuma falar com certa simpatia pelos "bifes", está para aqui com esta prosa, perguntarão alguns. Pois, pela simples razão de cada vez mais me sentir um aldeão desta grande Aldeia Global e achar, cada vez mais, uma verdadeira cretinice certos conceitos exacerbados de nacionalismos bacocos, que nada têm a ver com a realidade do mundo que a pouco e pouco se torna, cada vez mais, pequeno para conter tantas fronteiras, diferenças e individualismos colectivos e culturais, fechados dentro de si próprios. (estou com um discurso de esquerda e nada de acordo com as minhas convicções acerca do regime político que gostaria de ver cá pela terra, mas para mim, convicções à parte, essa conversa de esquerdas e direitas está actualmente metida no mesmo saco dos conservadorismos ideológicos.). Mais que nunca me apercebo ser uma estupidez defender a originalidade cultural de um povo segundo parâmetros conservadores, quer sejam eles britanicamente Vitorianos ou os mais lusos "Mariano-cachuchenses" (desculpem o neologismo), e reagir letargicamente como um mexilhão acossado pelas pinças de um caranguejo, sem querer saber se o crustáceo está só de passagem junto do bivalve ou se, pelo contrário, está ali para lhe cortar a carne com as suas pinças, fechando-se dentro de casa sem sequer tentar forçar
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