domingo, outubro 16

Pedagogia Policial I - Mestre Marques


No que ao trânsito respeita, nunca conheci alguém com uma postura tão radical e cumpridora como o Guarda Marques. Polícia por vocação, filho de um antigo agente da PVT, desde que ingressou na PSP nunca desenvolveu outra actividade que não fosse a de motorista de Carros Patrulha (CP). Era dos mais antigos motoristas do Comando de Lisboa e exercia essa actividade com prazer e dedicação, cumprindo escrupulosamente as regras. Aprendi muito com este decano dos motoristas e rapidamente passei a tratá-lo pelo nome que carinhosamente era conhecido e respeitado: Mestre Marques. Apesar dos cursos e instrução específica de condução de veículos policiais ministrados no seio da Corporação, muito daquilo que sei sobre esta actividade, aprendi com este camarada. Além de todos os predicados que lhe eram reconhecidos, Mestre Marques era um Guarda que gostava de participar nas ocorrências às quais a sua equipa era chamada a intervir, não se limitando à condução e guarda do CP. Claro que, onde se sentia mais à vontade era quando as ocorrências eram relacionadas com questões de circulação rodoviária. Aí, Mestre Marques, quase sempre aliava a sua capacidade de julgamento aos conhecimentos acerca da matéria exercendo o poder da autoridade de forma justa, pedagógica e muito... personalizada. É disso exemplo o que relato a seguir.

As coisas estavam complicadas para quem tinha de circular em Benfica. Era hora de ponta e chovia a cântaros. A noite aproximava-se arrastando as nuvens cinza chumbo que se abatiam em forma de chuva sobre a populaça apanhada à saída do trabalho. Os veículos circulavam em “modo lesma” e aconselhava-se máxima prudência na condução.

-Estamos aqui vai para 10 minutos e nunca mais chegamos ao Cemitério. Isto está bonito, está! – disse Vilela que estava ao comando do 24.08.

- Se não bateram nos Arneiros, deve estar algum “inteligente” estacionado em segunda fila, ou coisa que o valha – respondeu Mestre Marques.

Eu, sentado atrás dele, iria rendê-lo no turno de condução seguinte e dava graças por quando chegasse essa hora já não teria de andar a rodar o volante do pesado Ford-Sierra, ao qual por motivos de falta de verba, tinha sido removido o sistema de direcção assistida. Finalmente as coisas compuseram-se. O trânsito começou a fluir e fomos informados mais adiante, por um patrulheiro, que a confusão se instalara devido a uma família de ciganos que contendia com os condutores que protestavam pelo facto de os primeiros estarem sempre a parar a meio da passadeira, não se decidindo e permanecendo ali a conversar uns com os outros. Marques continuou por entre o limbo de escuridão, automóveis e peões com a mestria e perícia de piloto de barra do Tejo em plena tempestade. Quando chegou a hora de o substituir, o Mestre pediu que o levássemos junto do seu automóvel, estacionado no Bairro do Charquinho. A circulação era agora mais fluida. Quando ia iniciar a subida da Estrada dos Arneiros, deparei-me com um indivíduo já de certa idade, com uma criança ao colo e outra pela mão, parados sobre a passagem de peões. Parei para lhe ceder a passagem e o indivíduo avançou alguns passos ao longo da passadeira estacando de seguida mesmo em frente ao CP. Aguardei que continuasse, mas o homem não se decidia a tal coisa, antes voltou-se para trás e pôs-se a discutir com a mulher e outros membros do seu clã cigano. Fiz-lhe sinal de luzes ao mesmo tempo que, com um gesto o convidava a continuar o atravessamento. O patriarca não só ignorou o meu apelo como ainda não arredou pé.

- O tipo é burro ou então está a gozar connosco – ouvi Mestre Marques, que seguia atrás de mim.

- Ou passa ou então volte para o passeio – disse o Valente que seguia no comando do CP.

Por parte dos ciganitos, nem um “ai”. O Patriarca continuou a sua prosa com os outros e não arredava pé. Predispus-me a continuar a marcha e por isso, contornei-o devagar e continuei. Já ia começar a acelerar o veículo quando ouvimos atrás de nós um derrapar de pneumáticos no asfalto molhado, abafado por uma buzinadela. Olhámos para trás e vimos que fora o cigano que fizera o mesmo com o condutor que nos precedia. Logo o clã começou a gritar insultos e desaforos para com o pobre condutor. Definitivamente estavam ali para gozar o “pagode” e só poderia ser a “seita” de que o patrulheiro nos alertara nessa tarde.

- Pare o carro, Cruz – pediu Marques – deixem-se estar aqui dentro que eu já volto.

O Marques saiu do CP e dirigiu-se ao grupo de brincalhões. Estes ao vê-lo aproximar-se mantiveram um ar de desafio. Iria ele multar aquela gente toda?

- Há problema, Sr. Guarda?!... – atirou arrogantemente o patriarca.

- Deixará de haver quando passarem para o outro lado.

- Ai, Sr Guarda… mas quem lhe disse a si que queremos passar para o lado de lá?!...

- Pouca conversa. Não sabe que está a atrapalhar a circulação? Pare de gozar com as pessoas ou ainda alguém se magoa.

- Sabia lá a gente dessas coisas – continuou o velho, deliciado com a situação – a gente não aprendeu essas coisas; ninguém nos disse nada das passadeiras. A gente passa onde quer e eles só têm de parar.

- Pois, vai passar, a bem ou a mal passa você e passam os outros todos – o Mestre acabara de lhe agarrar a orelha direita – e vêm atrás de si, senão vai orelha a orelha.

Enquanto dizia isto, já se aproximava do outro lado da Estrada, com o cigano atrelado pela orelha e, para estupefacção geral, este nem tentara resistir.

- Como é? Vocês aí, passam ou é preciso ir buscar um por um?

Num ápice, como mandam as regras, a prole do patriarca, procedeu ao atravessamento, não fosse o cívico esticar-lhes os apêndices auditivos. O gajo não devia ser bom de “assoar” e se este era assim, ainda restavam mais três dentro do carro. Não convinha ver toda a equipa em acção.

- Espero não os voltar a ver por aqui hoje e muito menos não quero nenhum de vocês a passar a rua sem ser nas passadeiras, ou vão ter de se ver comigo, entenderam?

Foi remédio santo. Durante o tempo que fui motorista naquela área, a comunidade cigana da zona foi sempre um exemplo de urbanidade no atravessamento das vias de Benfica e raramente se via um dos seus membros parados à entrada das passadeiras, isto se não fosse para proceder ao atravessamento.

Às vezes, a pedagogia de choque pode ser mais efectiva que uma simples sanção pecuniária.

Obrigado Mestre Marques.

sábado, outubro 8

O Convicçõers acabou.
Mas eu mantenho-me aqui.

http://dajaneladomeuquarto.blogspot.com/

PS- E claro está que não te peço Jó, EXIGO que publiques o que quiseres, que me ajudes na criação da imagem do novo blog. Encara isto como uma nova forma de exprimir as minhas convicções, claro :). Beijo daquela que te considera o melhor amigo do mundo, mesmo apesar da distância :)

quinta-feira, setembro 29

A PISTOLA

Li na revista Sábado de algumas semanas atrás, um artigo acerca do fim, acredito que temporário, da imagem que nos habituámos a ver do polícia londrino como defensor da ordem, desarmado. O mito não morreu após os atentados de Londres, mas há muito que os Bobbies não são esses cívicos desarmados que tão apontados são como exemplo a seguir nos restantes países ocidentais. Só quem esteja totalmente desfasado da realidade que encerra uma metrópole de 10 milhões de habitantes poderia pensar que a capital britânica é um paraíso. Pelo contrário, a bela capital britânica é uma das cidades onde se registam grandes índices de criminalidade, alguma bem violenta. O crescente aumento desta criminalidade levou a que as autoridades tomassem uma série de medidas preventivas que vão da vídeo vigilância em tempo real aos vigilantes cívicos, civis que desenvolvem trabalho de informação e vigilância nas ruas da cidade sem contudo possuírem autoridade de polícia; digamos que são uma espécie de stweards dos estádios de futebol que patrulham a ruas, sempre supervisionados por um agente da Metropolice. À primeira vista poderão parecer agentes policiais, mas quando confrontados com situações que impõem aplicação de medidas de polícia, logo surgem uma ou mais patrulhas. As forças de reacção/intervenção rápida estão prontas para a acção ao mais mínimo sinal de criminalidade ou ocorrências potencialmente violentas, que incluem elementos fardados e à civil, armados. Há mesmo zonas, desde meados da década de 80, em que os Bobbies transportam armas de fogo ou noutros casos aquilo que é conhecido como armamento menos letal (gás C-4, pimenta, etc.) mas sempre dissimulados debaixo dos seus casacos, ou seja, nunca à vista do cidadão. É precisamente acerca de armas escondidas que hoje vos conto este episódio.

Há cerca de 18 anos, tinha eu acabado de ingressar nos quadros da PSP e, como a maioria dos novos agentes, fui colocado em Lisboa, mais concretamente no então problemático e complicado Bairro da Serafina que incluía os Bairros da Liberdade, Casal da Sola, Quinta do Zé Pinto, Tarujo, Vila Ferro, entre os mais conhecidos. Claro que havia pouca vontade de ser colocado ali, onde as “praxadelas” aos novos cívicos não se cingiam ao interior das paredes da Esquadra, mas eram praticadas, embora mais dissimuladamente, claro, por muitos dos habitantes que aceitavam a presença da polícia de forma natural. Era uma forma de receberem os novos polícias no seio da grande família que é o Bairro e desta forma testar desde logo a fibra da nova rapaziada. Desde os primeiros dias pude compreender a velha máxima que faz chocar a teoria com a prática, ou seja como se deve fazer segundo os livros e como se faz na realidade. Sempre que tínhamos um tempo livre, deixava-se aquela “ilha” plantada no meio da cidade e partíamos à descoberta da urbe. Numa dessas idas, tínhamos acabado de receber as nossas armas individuais, descobrimos quanto se torna incómodo transportar aquele engenho de metal frio e relativamente pesado. Só o tempo torna o gesto de dissimular uma pistola num coldre interior e fazer do acto uma rotina, um hábito comum ao longo da vida.
Fomos em grupo até à Praça de Espanha. O Castro queria comprar um auto-rádio e os indianos da feira ali instalada faziam uns preços mais acessíveis que a maioria dos estabelecimentos. O incómodo e a sensação que provocava trazer ali o “ferro”, era o de estar constantemente a ser observados. Quem estivesse mais atento, julgaria alguns de nós como sendo mais um desses jovens com tendências sexuais distorcidas, já que estavam sempre a olhar para os camaradas, tentando ver se era visível algum vulto comprometedor; claro que o atento observador via os olhares dirigidos a uma zona para a qual um homem habitualmente não olha noutro homem.

Andávamos então em negociata pelas várias bancas lá do sítio, quando oiço uma criança que reclama algo da sua mãe. Ao início, não liguei mas depressa percebi o que o puto, que não tinha mais de 6 anos, repetia várias vezes a palavra pistola. A mãe, uma mãe igual a todas as outras mães, ignorava os pedidos insistentes do petiz com a velha técnica de ignorar o mesmo, rebuscando distraidamente uma série de bugigangas pelas quais não teria qualquer interesse e proferindo considerandos acerca da inutilidade da maioria dos artigos expostos.

- Mãe… mamã!!... – Torna o puto.

- Larga-me, chato. Acha que isto vale o dinheiro? Para que serve aquilo?... – Continuava a mãe na técnica dissuasória, indiferente à insistência do rebento.

- Mãe… a pistola!... – Continuou a jovem “melga” agarrando-se à fralda da camisa da mãe, puxando-a pela enésima vez.

-Cala-te, já te disse, não te compro nada, muito menos pistolas; olha-me este agora, ora querem lá ver!!!...

O Puto não desistiu, continuou a sua desigual luta, os olhos já a lacrimejar. Adivinhava-se uma daquelas irritantes birras de criança, chave da realização dos desejos de muitas crianças, o que regra geral encontra como defesa dos papás a pior defesa que se pode fazer: aceder ao desejo. Mas aquela mãe, era de ferro; uma negociadora de gancho. Não se deixou ir em pressões e tudo aquilo que o jovem conseguiu foi sentir uma valente palmada no traseiro, que felizmente não despoletou aqueles gritos que nos ferem os tímpanos (e esgotam a paciência). Remédio santo. Calou-se, embora se notasse, pelo tremelicar dos lábios e pelos olhos rasos de lágrimas que a coisa não ficaria por ali.

-Voltas a repetir a palavra pistola e levas uma tareia, mesmo aqui, em frente de toda a gente.

Que exagero, pensei. Não me recordo de muitas, mas reconheço a minha cobardia em não ter juntado a minha voz ao fedelho, em sinal de solidariedade para com posições idênticas por mim tidas no meu passado pueril. Traidor…sim, traidor, porque o puto olhava-me com um misto de pedido de auxílio e temor. Foi então que tudo se precipitou. O miúdo, levantou o braço, esticou o indicador, ensaiou mais um puxão na camisa materna e acusou:
- Pistola… ali, a pistola.

- Zás!... - Desta vez, não foi nos nadegueiros; era de prever. Foi mesmo na inocente face. A mãe, desesperada (ou ferida na sua incapacidade para impor a autoridade), assentou-lhe um tabefe, agarrou a criança pelo braço e arrastou-o aplicando-lhe um correctivo dos antigos. O infeliz continuava a repetir a malfadada palavra enquanto mantinha o indicador a apontar para o quiosque. Olhei e não vi no escaparate, pistola alguma; Perante a insistência daquele oprimido, enquanto se afastava o quadro de repressão familiar, refiz mentalmente novo segmento de recta entre o dedo e o destino do seu desejo e eis que se fez luz! Afinal, o puto tinha razão. O puto era bem o espelho da infelicidade dos que têm razão e são incompreendidos, calados na sua voz, cerceados da sua opinião… perante evidências, que só um cego não vê ou quem se julga soberano na sua autoridade teima em não ver. Ligeiro, aproximei-me do Castro que esticava os braços, tentando indicar um aparelho de que gostara e segredei-lhe ao ouvido:

- Pá, atenção!... Baixa a fralda da camisa. Tens o canhão a ver-se.

Coitado do ganapo!...


terça-feira, setembro 27

O guarda - freio...



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Se há alguém digno de ser apontado como o arquétipo do velho polícia à portuguesa, o Lisboa foi, sem sombra de dúvidas, um dos seus legítimos representantes. Dotado de um proeminente ventre, legado de um passado boémio e bem regado, avesso a grandes desmandos de cultura do físico, fruto de uma incorporação dos finais da década de sessenta de mil e novecentos, este colossal cívico, versão portuguesa do Bud Spencer, era uma presença que só por si impunha tanto respeito quanto 10 homens ditos “normais”. O tipo era mesmo uma “besta”. Faça-se justiça e acrescente-se a estes atributos humanos, mais discutíveis nos dias de hoje que à época em que foi repescado à tropa ultramarina, que Lisboa era mesmo um Homem com “H” directamente proporcional às suas dimensões. Um rapaz daquele tamanho só podia ter um coração condicente com o seu físico e ele era a prova disso. Amigo do amigo, espírito de serviço cívico, sempre pronto para ajudar o oprimido, pautando a aplicação da Justiça e reposição da ordem segundo princípios muito personalizados. Não são poucas as “palmadas” distribuídas a colegas requisitados pela DGS ou episódios nunca bem esclarecidos por Agentes da polícia política misteriosamente mimados por ele quando em acto de serviço de duvidosa justiça. A Justiça "injusta" para ele não contava e talvez seja ele um dos muitos que também lutou contra o sistema pré-revolução, à sua maneira, o que prova que os “chuis”, ao contrário do que ainda se tenta fazer passar, não eram uma maioria de colaboracionistas, mas isso são outras estórias que ficam por contar.

A mais célebre e verídica história do Lisboa é deliciosa, quando ouvida por contemporâneos seus. Conheci-o já nos seus últimos 10 anos de polícia e nunca foi de cantar os seus feitos ou gabar-se das suas tropelias.

A primeira actividade pública do Lisboa passara pelo serviço na Companhia Carris de Ferro, como guarda-freios. Depois do serviço militar, decidiu-se a trocar a monotonia dos carris pela maior mobilidade da patrulha policial. Lisboa foi para a rainha das Esquadras de Lisboa, a emblemática Esquadra do Bairro Alto. Consta que certo dia, tinha ele saído de serviço e decidira ir ao Cais do Sodré para tomar um eléctrico para Santo Amaro. Para sua surpresa, na paragem, encontrava-se àquela hora, um número anormal de passageiros que aguardavam o carro. De certeza que algum automobilista deixara o carro mal estacionado algures e impedia a passagem do amarelo. Não demorou a constatar as suas conjecturas. A pouco mais de cinquenta metros dali, via-se um magote de gente em volta do "almanjarra" – com publicidade à Sandeman, imagino – e não um, mas dois veículos estacionados à frente deste. Conseguiu ver também o guarda-freio, bem como dois colegas seus que tinham acabado de sair de um “carocha-nívea”. Os cinzentos estavam ali e não faziam nada mais que acalmar a populaça indignada. Temendo mais chegar tarde ao seus destino que pela segurança dos seus camaradas (nestes tempos pouco se questionava a autoridade dos polícias), o nosso amigo dirigiu-se até ao local do “entupimento” da via. Lá estava o funcionário dos transportes a lamentar a sua sorte, a populaça indignada com os descuidados automobilistas e os polícias a tomar notas. Olhou demoradamente para o eléctrico e para os carros em infracção. Voltou-se para o seu ex-colega da Carris e disparou:

- Então a “avantesma” avariou, é?

- Avariou nada, Sr. Guarda. Os palhaços que deixaram os carros estacionados aqui é que não deixam passar – respondeu o guarda-freio.

- Hum! Será que não passa – voltou o Lisboa enquanto subia para o posto de condução.

Os poucos anos, que andara agarrado àqueles comandos, tinham-lhe dado a experiência necessária para se aperceber de imediato que o carro passava. O condutor é que estava a “empastelar” por birra ou por outro motivo qualquer, que pouco lhe importava.

- Olhe que passa e passa bem – disse ao guarda-freio.

- Olha agora este! Quem diz se passa ou não passa sou eu. Meta-se naquilo que sabe – retorquiu o funcionário crescendo com os seus raquíticos 60 kg contra os mais de 120 do cívico.

O teimoso guarda-freio teve talvez um anjo da guarda que nesse dia o impediu de ser pulverizado por uma marretada de punho digna do martelo de Thor. Lisboa, sobe novamente para a roda de comando, destrava o eléctrico e diz então à multidão:

- Quem quiser vir, é entrar agora, que vai arrancar…

- Vou participar de si – ameaçou o guarda-freio em valoroso contra-ataque, tentando afastar o polícia dos comandos da máquina. Porém, ao tentar fazê-lo, o pobre coitado escorrega, cai e bate com a cabeça no varão de entrada perdendo a consciência. O Lisboa agarra no tipo, senta-o ao lado de um passageiro e determina aos colegas que escoltem o eléctrico até à sede da Carris.

- Última chamada; quem quiser entrar, entre agora, que isto só para em Santo Amaro

E o eléctrico lá passou… directo a Santo Amaro.


 

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