quarta-feira, setembro 7

terça-feira, setembro 6

O meu primeiro “Derby” em Alvalade (Parte I)

Naquela noite, Alvalade dava a imagem das imediações de um circo Romano em dia de combate de gladiadores. O estádio estava a rebentar pelas costuras. O folclore da semana transferira-se para aquela zona da cidade e dentro daquele Coliseu dos tempos modernos, há muito que tinham começado os habituais mimos e “jogos florais” entre as claques de Sporting e Benfica. O cheiro das bifanas, coiratos, tabaco e maconha, embrenhados na roupa, misturavam-se com o colorido das cores dos clubes em disputa, enquanto milhares de almas, muitas delas toldadas pela cerveja consumida às litradas, procuravam a porta de acesso ao interior da arena, torneando os grupos de comentadores de ocasião, histórias visionárias acerca do resultado final, candongueiros, carteiristas e borlistas de ocasião. A visão deste ambiente não era para mim novidade. Não era a primeira vez que visitava o Estádio José de Alvalade e o ambiente não me era de todo desconhecido. Mas, ao contrário das visitas anteriores, esta era a primeira vez que ia a um jogo de futebol como agente de polícia, enquadrado num policiamento desportivo. Era o meu primeiro serviço de piquete na Divisão e como tal, estava afastado das escalas de remunerado, passando assim a integrar as secções destinadas a reforçar os acessos e posteriormente a reforçar o interior do recinto, prontos para acorrer a alterações graves da ordem.

Já estavam decorridos alguns minutos do início da partida quando o subchefe, comandante da secção, recebeu ordens para que nos dispuséssemos no interior do recinto, ao longo das vedações do topo sul do estádio. Pela primeira vez na minha vida a minha visão do interior de um grande jogo, ia ter uma perspectiva do relvado para a assistência e não ao contrário, como estava habituado. Se a imagem, em dias de jogos importantes, é por demais impressionante, com todo o clima gerado em volta de um acontecimento desportivo, a visão dali, a partir do relvado, faz com que nos sintamos pequeninos. Compreendi de imediato, de onde advinha aquela sensação de grandiosidade, quase impunidade que se sente, quando se está no meio daquela mole imensa de gente em relação aos minúsculos intervenientes no espectáculo que deambulam pelo recinto de jogo e área limítrofe. Só de olhar impressiona. Ali, bem à minha frente, encontravam-se uns milhares de furiosos adeptos, que há minha entrada me presentearam, juntamente com os meus camaradas, com uma monumental assobiadela, secundada de uma série de impropérios, insultos e ameaças, em tom de desafio e desfolhando um autêntico mostruário de gestos obscenos que iam da clássica representação fálica com o dedo às mais arrojadas referências a actos de sodomia, algumas com exibição dos atributos genitais. Animais, pensei eu para os meus botões; mas tinha que manter a calma e deixar pedidos de explicações para segundas núpcias. A ordem era clara. Não perder de vista o que se passava dentro das bancadas e evitar a todo o custo a tentação de apreciar a evolução dos jogadores em campo, sob pena de ser vítima de agressão e para controlar os mais atrevidos, evitando tentativas de invasão de campo ou detectar escaramuças entre a assistência.

À meia hora de jogo, já o terreno junto a mim estava pejado de todo o tipo de objectos possíveis e imagináveis. O espólio depositado na pista de tartan ia do mais banal dos isqueiros descartáveis aos mais variados tipos de rádio-transístores (melhor, o que deles sobrava), passando por uma variedade de peças de fruta, que dariam, passo o exagero, para fornecer a cantina dos sem-abrigo dos Anjos por várias semanas, garrafas de água, algumas com o resultado da destilação de bexigas mais aflitas, guarda-chuvas, etc. etc. Felizmente que entre estes “atletas”, dignos de helénicos discóbolos, esses atributos não se aplicavam a outro tipo de lançamentos, de cariz mais nojento, que se ficavam a meio caminho nas suas curtas trajectórias entre a boca e o ponto onde nos encontrávamos. Talvez com um caroço de abrunho ou ameixa fossem mais eficazes, mas essas munições, destinavam-se a fazer lastro aos frutos arremessados manualmente. Quanto ao restante do espectáculo, já que mal dava para espreitar a jogatina, ia apreciando o ambiente que se desenvolvia em redor. As caras transfiguradas a cada jogada perdida, os gritos a cada golo falhado, ondeavam pela massa adepta, ondeada a cada instante pelos chorrilhos decadentes e do mais baixo pasquim dirigidos em especial aos árbitros, jogadores e claro, aos adeptos adversários. Muito bem, assim, já não era o único a ser presenteado com tão graves espinhos à minha “entrada em campo". O ambiente era de inferno, um ensurdecedor inferno. A batalha estava no auge.

- Então pá, está tudo bem? – perguntou aos berros o subchefe, apercebendo-se da minha surpresa perante o espectáculo.

- Porra, esta merda mete medo, chefe!... Se saem dali para fora, aqueles tipos vão dar um trabalho do caraças!!... - gritei eu.

- Reza para que não saiam... reza...

O árbitro apitou para o descanso...

O meu primeiro “Derby” em Alvalade (Parte II)


Recomeçou a partida. Lagartos e Lampiões, mimavam-se com os pregões e gritos de guerra do costume, arrancando sorrisos entre a assistência e mesmo entre os polícias, que não perdiam a oportunidade de dar uma bicada na preferência clubista do camarada do lado. O Nogueira, rapaz do Marco de Canavezes, indefectível benfiquista, já me tinha lançado umas farpas e eu ia-lhe respondendo com umas bordadas dignas de leão, quando a nossa disputa verbal foi interrompida pelo comandante da força, informando que poderíamos ir comer algo assim que chegassem os agentes que já tinham ido fazê-lo. Agradecemos e aguardámos a sua chegada, para podermos aquecer a fornalha, que já pedia combustível. Enquanto vinham e não vinham, observávamos um colega, que de forma insistente se baixava e esfregava os gémeos. Era o nosso “sindicalista” – à data, ainda não havia liberdade sindical, nem mesmo associativa na PSP – um veterano na casa dos cinquenta e muitos anos, grande lutador, desde a primeira hora, dos direitos socioprofissionais dos polícias e precursor das primeiras lutas da classe em prol da causa e que além da alcunha de “sindicalista” era mui respeitosamente designado por “velhote”.

- O velhote anda mesmo nas últimas. É triste, com uma idade destas ainda se arrasta pelo piquete e na a bola! – disse o Nogueira em tom indignado.

- Sabes que a contestação, a maioria das vezes paga-se cara, cá na casa – respondi continuando – não sei porque não faz uma exposição ao comando a comunicar a situação; com esta idade já deveria andar mais resguardado. Mas parece que anda aqui por gosto, mesmo sem poder…

- Sacanice é o que é. Repara, já não deve poder com as pernas. Não pára de se baixar e mexer nos tornozelos e ninguém vê estas coisas, ou melhor, vêem mas estão-se nas tintas. Claro que o homem podia dar menos nas vistas. Em vez de circular no perímetro, insiste em andar ali, em círculos, ao alcance dos gajos da Juveleo. Não tarda nada, cai-lhe o gradeamento em cima ou sujeita-se a levar com um pêro!

Estávamos nós nesta conversa, e chegou a ordem:

- Quinze minutos, meus senhores – gritou o subchefe – nem mais um segundo.

Lá fomos nós, cinco agentes esfomeados a caminho da carripana das bifanas do Mário. O “sindicalista” foi connosco.

- Já aperta a fomeca, não!? - aventei eu.

- Já comia um boi; estes filhos da mãe não se calam! Logo eu que não gramo esta gaita nem um bocadinho! Andam para aqui a ganhar fortunas e a maioria desta gente toda a tinir sem cheta. O mais bonito é que aplaudem! Vão gozar com outro, valha-me Deus! Mas há pior. Vamos mas é à bifana…

- Deixe lá, não adianta esse protesto. Eles não lhe pagam o jantar, eh, eh, eh! – atiçou Nogueira; este sabia que o velhote, embora lhe fossem reconhecidos vários valores morais e rectidão, chorava cada tostão que gastava, em especial na hora de serviço.

- Estes cabrões vão pagar isto muito caro. – replicou o Sindicalista olhando pelo canto do olho para a claque em polvorosa que nos apupava e tentava atingir com mais uma variedade de objectos – até as bifanas, sacanas - terminou entre dentes.

- Ora esqueça isso, agora vamos comer, que já falta pouco. A propósito, essas pernas estão firmes?

- Como o aço, colega, como o aço…

Chegados à carrinha do Mário, onde num ápice, cada um devorou a sua bifana regada com sumo (para não parecer mal), quando nos dispúnhamos pagar a despesa, eis que o velhote, tira a mão ao bolso cheia de moedas de 50 e 100 escudos e dirigindo-se ao empregado do tasco ambulante diz-lhe:

- Pague a despesa toda daqui.

- Só paga as bifanas, “Sô” Guarda. As bebidas, o patrão oferece… é regra da casa.

- Nada disso. Pague tudo daí, que faço questão; fica para a próxima – voltou o velho.

De nada adiantou dizer-lhe para não fazer aquilo, que a vida custa a todos, etc., mas o homem insistiu de tal forma, que nos vimos obrigados a aceitar. Pelo menos ficava o alívio de não ter feito o choradinho para as bifanas serem oferecidas!

Tínhamos acabado de regressar ao local de serviço e já o nosso sindicalista tomava de novo o seu posto, não tardando a retomar o estranho exercício de acariciar os gémeos. Ou o velho fazia ronha ou então, dava-se melhor com as caminhadas, coitado. Aproximei-me dele e tentei moralizá-lo:

- Calma, não tarda nada, isto acaba. Não deve demorar e vamos embora descansar as pernas. As minhas também já estão a dar sinal.

O sindicalista olhou-me com cara admirada.

- Não me diga, que o Cruz já está derreado com uma idade dessas?

- Não é bem isso. Estou mais com falta de paciência para estar aqui a levar com estes tipos. Preferia estar ali, na parte de cima.

- Qual quê! Aqui é que é bom, rapaz. É melhor aqui… além disso, ainda tem muitos jogos pela frente, por isso vá-se preparando... e sempre tem a vantagem de comer uma bifaninha à borla, que quer mais?

- Ora, já agora, não faltava mais nada! Agradeço a bifana, mas para a próxima paga a malta.

- Paga lá agora. Enquanto vier à bola, quem está de piquete com o velho, não precisa de trazer guita para o jantar! – riu-se ele.

- Eh, pá! Saiu-lhe o totoloto, ou quê? A vida custa a todos. Você não tem de andar para aí a pagar bifanas aos colegas…

- Quem lhe disse a si que fui eu quem pagou?

- Eu vi-o pagar – ou estava a gozar comigo, ou o velho estava a passar-se da cabeça, pensei.

- Nada disso! Isso pensa você! – tornou enquanto pela enésima vez se baixava. Afagou languidamente o gémeo da perna direita, prolongou um pouco mais o gesto da mão em direcção ao tartan da pista, apanhou algo do solo – Aos anos que não gasto um tostão na bola, desde que esteja de piquete e venha para o topo sul. Nem eu nem os colegas que estão comigo… então nos jogos grandes, é uma maravilha.

- Bolas, está visto, você é um benemérito – gracejei.

- Nada disso seu maçarico! – abriu a palma da mão, mostrando-me uma moeda de 50 escudos; era o objecto que segundos antes tinha apanhado do solo – a bicharada aí atrás, encarrega-se disso. Pena que não enviem mais das de duzentos paus.

domingo, setembro 4

Futebol - Guerras de Alecrim e Manjerona...



Viver as emoções de qualquer evento desportivo é, sem ponta de dúvida, um daqueles momentos que marcam pelo jeito como se reage, de forma quase impensada, às incidências do que se passa no campo de jogo onde individual ou colectivamente, os atletas evoluem dando largas à suas maiores ou menores capacidades para mostrarem as suas valências, habilidades, saber e força em prol do jogo, da equipa e claro, do espectáculo. As emoções que se transmitem do interior do recinto de jogo para o exterior quase atingem o estatuto de êxtase quando falamos de futebol e tratando-se de um jogo entre equipas rivais, o clima vivido dentro de um estádio de futebol acerca-se de autênticas disputas medievais nas quais os exércitos eram compostos pelos mais diferenciados extractos da sociedade. Não é à toa que estes torneios da era contemporânea são apelidados por alguns dirigentes de “guerras de mata-mata” – Felipe Scolari, recentemente dixit – salvaguardado claro está, o sentido figurado das palavras guerra e matar, o que prova serem os modernos descendentes dos torneios e justas de antanho. É comum usarem-se termos como defesa, ataque, conquista, disputa, confronto, etc., com vista a atingir a glória da vitória e a derrota, com mais ou menos honra, dos vencidos. Nestas “guerras” que se disputam por todo o planeta, a contenda entre os oponentes, à guisa de modernos infantes e cavaleiros que defendem os seus feudos, sob o olhar atento de “fidalgos” e “plebe” cegos seguidores dos seus brasões, podemos ver os resquícios das disputas da fidalguia de antanho, nas quais não faltam as candidatas a donzelas que se aperaltam para ver e apoiar os seus heróis, que evoluem no campo de batalha. O espectáculo, transfere-se de dentro do terreno de jogo para a plateia de adeptos, sedentos de assistirem ao embate entre os seus e o adversário – elevado por alguns à categoria de inimigo – e a disputa passa para a bancada, chegando a complementar-se com batalhas de bastidores. Os espectadores trocam a bola pelo uso do insulto, pelo abuso da provocação jocosa e gratuita e tantas vezes dos punhos; não poucas vezes, servem-se de tudo o que tenham à mão para manifestarem a sua ferocidade, dedicação e orgulho clubista numa autêntica demonstração de instintos violentos básicos, troglodíticos, potenciados pela impunidade que sentem pelo anonimato que a multidão enfurecida lhes confere. Ali no meio dos seus, qualquer trinca-espinhas se sente na pele de um super-homem, qualquer Veloso camoniano se transforma num virgiliano Eneias – até as frágeis ninfas coloridas se transformam por momentos em clones da Padeira de Aljubarrota e Joana d’Arc. Este espectáculo atinge o auge da loucura e quase histeria colectiva quando as massas que se batem são rivais da mesma terra, assumindo a peleja o nome de “Derby”, sendo que há um misto de tensão, nervosismos, paixão, no fundo uma amálgama de sentimentos, expectativas e convicções, frustrações reprimidas dentro do peito de cada um dos participantes que se libertam no momento proporcionado por esse orgasmo colectivo que é o golo.

Esta semana, temos “Derbyes”. Um a norte de cariz mais regional, entre minhotos, Guimarães e Braga e outro no centro, entre os lisboetas Sporting e Benfica. Embora no fundo não passem de disputas de alecrim e manjerona, faço votos para que estes embates sejam, acima de tudo, duas Justas nas quais os valores da verdade, da honra e respeito pelos adversários e público, sejam transmitidas pela boa interpretação das regras do jogo e claro, pela magia que os artistas consigam transpor no terreno de jogo, com a lealdade que se exige. Quanto aos espectadores, que se comportem com a grandeza com que os valores do espírito desportivo e a dignidade da espécie humana deveriam pautar a competição leal e positiva entre os seus pares. Estarei lá, entre a turba, para assistir ao espectáculo, não como interveniente de uma das partes, mas como árbitro atento aos desmandos dos que não sabem o valor e sentido da metáfora e assim cometem o dislate de dar o real sentido à palavra “guerra”, aplicando-a a um espectáculo que deveria ser de paz.

Ganhe quem merecer e a que a festa seja rija.


DEIXEM VOAR O MANTORRAS




Image Hosted by ImageShack.us

Defesa animal – abaixo-assinado já reúne 120 assinaturas Libertem o corvo Mantorras!

Mais de 120 pessoas já reclamaram num abaixo-assinado a libertação de um corvo chamado “Mantorras”, que a GNR levou há uma semana da aldeia de Chã, em Leiria. A comunidade sente saudades da ave, que adoptou no início do Verão depois de um incêndio, e a sua ausência até inspirou um poema.

Suspeito de matar uma galinha, ‘Mantorras’ é declarado inocente no julgamento popular: “O corvo nunca foi ave de rapina, só come o que está morto”, pode ler-se na folha de rosto do abaixo-assinado.

Foi a 24 de Agosto que os militares do Serviço Especial de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR se deslocaram a Chã, após a denúncia de uma moradora que se queixava da morte de uma galinha ‘às mãos’ do ‘Mantorras’.


As autoridades confirmaram que o corvo tinha sido adoptado pelo proprietário do posto de abastecimento de combustíveis de Chã, Diamantino Ferreira. E, por se tratar de uma espécie que não pode ser mantida sem autorização do Instituto de Conservação da Natureza, levaram-no. ‘Mantorras’ esteve ‘detido’ na Ecoteca de Porto de Mós e encontra-se agora num centro de aves em Monsanto, Lisboa.


Os habitantes da aldeia estão revoltados. “Não tinham de prender o bicho porque ele andava livre, nunca esteve em cativeiro”, considera Diamantino Ferreira. “Foi criado aqui, toda a gente gostava dele e não fazia mal a ninguém”, acrescenta, recordando que era frequente ‘Mantorras’ ir ter com os humanos para lhe coçarem as penas.·
O corvo surgiu na aldeia no início do Verão, fugido de um incêndio, e desde então costumava andar por ali, comendo o que aparecia e dormindo nas braças de um pinheiro manso junto ao posto de combustíveis. Diamantino Ferreira não se conforma. “Morreu lá um frango à senhora, ela acusou a pobre miserável da ave e então a GNR veio aí e levou-a”, lamenta, reconhecendo que não conta rever o amigo: “Já perdi a esperança, não há nada a fazer”. Todavia, os clientes do café que explora em Chã, habituados ao corvo, estão a aderir em peso ao abaixo-assinado e um deles até se lançou a escrever um poema. A vontade de todos é única: “Que ‘Mantorras’ volte e seja livre”.


OUTROS DOIS EM 'PRISÃO DOMICILIÁRIA'


DEPOSITÁRIO


A GNR verificou que Diamantino Ferreira mantém outros dois corvos, que não o ‘Mantorras’, em cativeiro. Foi lavrado um auto e as aves estão em ‘prisão domiciliária’.O dono foi nomeado fiel depositário pelas autoridades.


PAPAGAIOS

O casal de corvos que está em cativeiro veio de França há 24 anos. O proprietário já contactou o Instituto de Conservação da Natureza para legalizar esta situação e a de dois papagaios que também tem consigo.

NECRÓFAGO

O corvo é o maior de todos os corvídeos, chegando quase aos 70 cm de comprimento. É principalmente necrófago, mas também mata pequenas aves e mamíferos, numa dieta que inclui ainda ovos ou cereais.

INDIGNAÇÃO

JOÃO PEDRA

“Aquilo que fizeram ao ‘Mantorras’ é um crime, porque ele andava livre, não estava em cativeiro. Além disso, toda a gente sabe que o corvo não mata, só come carne morta. Outro dia estava aí a beber um café e veio ter comigo à mesa. Se fosse um incendiário, só ficava em prisão domiciliária ou em liberdade.”

DIAMANTINO FERREIRA

“Por altura dos fogos, para que ele não morresse queimado como os irmãos, trouxeram-no aqui ao posto de abastecimento, porque sabem que sou muito ‘passareiro’Criámo-lo aí, ia para cima dos braços e da cabeça das pessoas e toda a gente gostava dele. Já estava habituado a estar com as pessoas.”

ABÍLIO FERREIRA


“Antes de o levarem deviam ter-se informado se era verdade que matou a galinha. Acho que o deviam devolver. Quando estávamos sentados ali fora vinha ter connosco e deitava-se para a gente lhe coçar a cabeça”, recordou Abílio Ferreira, um dos signatários do abaixo-assinado a circular no café de Chã, que se auto-intitulam “Os amigos do ‘Mantorras’.”

Cláudio Garcia, Leiria in correiodamnha, edição online

 

ESTE BLOG FOI OPTIMIZADO PARA VISUALIZAÇÃO EM 1024X768 Pixels em Google -Chrome,ver. 24.0.1312.57 m ©COPYRIGHT© de Júlio Vaz de Carvalho. ©COISAS 2004-2025, é um WEBBOLG da responsabilidade do seu autor, o seu conteúdo pode ser reproduzido sempre que referidas as fontes e autores. Todos os textos, notícias, etc., que sejam da responsabilidade de terceiros, pessoais ou institucionais,serão devidamente identificados, sempre que possí­vel, bem como serão referidos os locais a partir dos quais poderão ser consultados no contexto original.Todos os trabalhos publicados por colaboradores do blog, podem ser copiados e divulgados, sempre que seja indicada a sua origem, não carecendo de autorização dos mesmos, caso aqueles assim o manifestem. COISAS é um Blog QUASE APOLíTICO e não se rege por ideias pré-concebidas unicamente apoiando causas de reconhecido interesse para a Humanidade, sempre que elas sejam isentas e objecto de reconhecimento universal, que vão desde a luta contra os cocós dos Lu-Lus a minar os passeios e portas de casas à legítima pretenção de ver restaurada a Monarquia em Portugal. Sejam bem vindos e Bem Haja por estarem aqui.

Who Links Here