quinta-feira, março 31

CRISE?...QUAL CRISE?!?!?


Emilio Sáenz (Director Geral da VW Autoeuropa em declarações à comunicação social):

" Como Espanhol, observo que Portugal é o país onde vi mais veículos automóveis de luxo e topo de gama nas estradas. AUDI, BMW, etc..."


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quarta-feira, março 23

O OVO DE COLOMBO... e A GUERRA DAS QUINTAS

"Tráfico de armas é preocupante"

Fenómeno. Director da PJ apreensivo com acesso de jovens a armas

"É altamente preocupante a forma como se traficam, compram e vendem armas no nosso País". A opinião é do director nacional da Polícia Judiciária (PJ), Santos Cabral, o qual elencou o "tráfico de substâncias com componentes explosivas" como outra das suas preocupações, ontem durante uma jornada de reflexão sobre violência e criminalidade urbana. A zona da Grande Lisboa é a área preferencial de actuação de grupos criminosos, referenciados como gangs, sendo que, segundo os números recolhidos pela PSP, é na Amadora que se registaram o maior número de apreensões de armas de fogo.

Posteriormente à comunicação apresentada a um auditório composto por inspectores da PJ, agentes da PSP e magistrados do Ministério Público (MP), Santos Cabral acrescentou ao DN que há da parte da PJ a "noção" de que as armas empregues por grupos criminosos que actuam nas cidades são "cada vez mais perigosas". Ainda por cima, salientou, estão ao alcance de "gente cada vez mais jovem". A sua percepção enquanto responsável máximo da Judiciária é que "é cada vez mais fácil adquirir uma arma".

A proliferação de armas de fogo foi um dos temas centrais do debate que reuniu magistrados do MP, PSP e PJ. Os números avançados pelo comissão Dário Prates, chefe da divisão de investigação criminal da PSP, mostram que em 2004 esta força policial apreendeu 224 armas de fogo proibidas na zona de Lisboa, o que dá uma arma apreendida em cada dois dias. No entanto, foi perceptível que entre todos existem áreas de fricção institucional e operacional.

Enquanto a procuradora do DIAP, Cândida Vilar, defendeu um maior controlo do MP, como titular da acção penal, nas investigações, por sua vez a PJ realçava a autonomia técnica e táctica consagrada na lei. E se o comissário Dário Prates defendeu uma alteração à Lei Orgânica de Investigação Criminal, no sentido de alargar as competências da PSP na investigação de determinados crimes, o inspector da PJ, Leitão dos Reis, considerou que as disposições do actual diploma estão correctas.

Num aspecto, os órgãos de polícia criminal e o MP estiveram de acordo é preciso mais trocas de informações. Só que as formas de actuar das polícias também criam crispações: aos números de apreensões de armas exibidos pelo comissário da PSP, respondeu o inspector Leitão dos Reis, afirmando que o que está em causa é a origem das armas, por isso de nada vale apreender cem, porque estas serão rapidamente substituídas.

in: DN, ed. on-line de 23 Março de 2005

Em minha opinião:

"(…) Enquanto a procuradora do DIAP, Cândida Vilar, defendeu um maior controlo do MP, como titular da acção penal, nas investigações, por sua vez a PJ realçava a autonomia técnica e táctica consagrada na lei. E se o comissário Dário Prates defendeu uma alteração à Lei Orgânica de Investigação Criminal, no sentido de alargar as competências da PSP na investigação de determinados crimes, o inspector da PJ, Leitão dos Reis, considerou que as disposições do actual diploma estão correctas.(…)"

Ora aí está. A falar é que a gente se entende…e se desentende. Assim reza o ditado e aqui, além de todos se entenderem em pontos de vista comuns, acabam por acrescentar a esse ditado o desentendimento acrescentado. Porquê? Porque da leitura atenta da notícia acima reproduzida, denota-se que cada “poder” = quinta, reclama para si a exclusividade de competências, autonomia de actuação e de manipulação da informação. Nada mais de errado, já que, em matéria de tratamento de informações, ainda não foi retirado dos livros que versam a matéria das Inteligências o princípio básico da partilha de informações entre organismos empenhados na persecução de objectivos comuns. Acontece, como se depreende das declarações dos responsáveis das Instituições acima citadas, que cada um reclama o seu quinhão em exclusividade, por ordem de prioridade de “hierarquia” dentro do quadro Orgânico do Estado e que coloca O MP, em melhor consonância com a PJ e a PSP como parente pobre dos dois primeiros, isto talvez, porque carrega nos seus ombros uma certa carga de bafientos arquivos do regime ditatorial do qual não foi liberta em tempo útil. Aliás, essa carga negativa e que durante anos afastou as Forças de Segurança dos cidadãos, sendo tantas vezes apontada como responsável pelas atrocidades cometidas pela polícia política, tendo sido passada a imagem que o exercício da autoridade do estado era um processo fascizante e castrador das liberdades, direitos e garantias. Durante vários anos é certo que praticamente só se “investiu” no desfiar de direitos e no engordar das ladainhas de poder tudo fazer-se em oposição à autoridade. O Estado e toda uma panóplia de poderes e interesses instalados, a isso contribuíram e chegou-se ao estado actual.

Mas acerca do tema a que refere a notícia, refira-se que é de bradar aos céus e só deveriam ter vergonha, todos estes “notáveis” dirigentes e responsáveis, por terem andado a dormir durante tanto tempo e que os alertas constantes que os homens que diariamente patrulham o país de lés a lés, referindo o aumento visível da violência com armas de fogo, bem como da perigosidade dos arsenais ilegais referenciados. A exclusividade da competência delegada da Polícia Judiciária, reafirmada e reclamada pelos seus directores, a qual não se entende quando é à PSP que está entregue a fiscalização e controle de armas e explosivos em todo o território nacional (inclusive as da própria PJ), explica a vergonha que representa uma Instituição fazer a apreensão de arsenais de armamento de elevada poder letal e destrutivo e fazer disso um grande motivo de orgulho. Foi necessária a morte de homens nas circunstâncias em que ocorreram, mediadas por escasso espaço temporal aliadas à brutalidade e frieza como se produziram. Aliás, talvez para apagar os graves erros (alguns bem crassos), em matéria de Investigação Criminal – vide caso Joana, que desde o seu início denotou falhas gravíssimas na forma como foram preservados vestígios e local provável do crime – se tentou dar especial ênfase a estas acções. Mais uma vez afirmo e reafirmo, que mais valia não deveria ter sido feitas declarações infelizes destes doutos senhores, já que teria maior valor uma acção destas, caso fosse resultado do tratamento, partilha de informações e acções concertadas com quem está no terreno diariamente, o que não acontece, por ainda haver muitas “quintas”.

Deter informação é deter o poder e assim, detendo esse poder, pode-se controlar tudo, inclusive os mecanismos e pressupostos que podem conduzir ao engrandecimento do prestígio e imagem pessoal e não do interesse comum da comunidade.

A Revolução de 25 de Abril, neste aspecto (Gestão de Instituições) não trouxe muito de novo e a prova é a forma como as forças policiais ainda são geridas, tendo poucos anos as alterações a regulamentações orgânicas do funcionamento das mesmas. As reformas e adaptações às novas realidades, bem como às novas Leis, nunca foi realizado – duvido mesmo que tenha sido equacionado – pelo que a máquina foi emperrando perante as incompatibilidades que sempre geram as criação de novas leis, algumas bem radicais e que se incompatibilizam com os velhos procedimentos.

A Polícia de Segurança Pública, no âmbito da nova lei de competências na Área da Investigação Criminal, aliviou em grande parte a PJ de uma série de crimes a que a mesma estava obrigada a resolver, em regime de exclusividade, tendo assim ficado com um leque de crimes de maior complexidade e exigência de conhecimentos técnico-científicos. Assim, à PSP e GNR foram atribuídos crimes que antes “atafulhavam” os gabinetes dos agentes investigadores da PJ e que a eles os remetiam, tirando-lhes a possibilidade de investigar aprofundadamente crimes de complexidade elevada. Os resultados, ao que tenho conhecimento têm sido excelentes, reconhecidos aliás por magistrados e responsáveis de reconhecido mérito, mesmo não tendo acesso privilegiado a determinados meios técnicos (ou quando os há, em pouca quantidade e com elevada abnegação e esforço de quem executa o trabalho).

Retrata pois este artigo um dos muitos males dos quais enferma a Justiça e devassa o seu bom funcionamento e administração, bem como da manutenção da Ordem Pública tanto na vertente preventiva como no aspecto reactivo e de intervenção.

Enquanto andarmos todos de costas voltadas, comunidade civil incluída, e não tomarmos consciência que lutamos por um ideal comum e que esse ideal é a Liberdade, sendo que ela assenta em princípios básicos dos quais a Segurança e Justiça, além de interligados são basilares no garante da manutenção dessa mesma Liberdade, nunca seremos capazes de aplicar o esforço comum na resolução de outros problemas, bem como a serenidade e bem estar na construção de um Estado de Direito cada vez melhor e mais justo.

Jó Carvalho

PS.: Já me esquecia: Ainda há gente que julga ter descoberto o OVO de COLOMBO... (isto não era para se dizer, mas... agora já está.)

FALTAVA UM ESPAÇO ASSIM


(foto:cortesia do PASTORMOR)



BREVEMENTE O BAR TERTÚLIA CULTURAL DO COISAS

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"ROUBADO" do CONVICÇÕES

Hoje sonhei...

Equinócio da Primavera. Mas já estava calor!

Sonhei que estava sol, que estava calor e que já se podia ir à praia.

Aliás, eu estava sentada na praia. Não havia ninguém. Só eu, sozinha, e a praia.

Vi as ondas do mar afagarem as rochas e molharem a areia, salpicando-a com conchas e estrelas-do-mar.

Sentada, observava a quietude da natureza e o mar que ia e vinha, passeando as conchas.

Eu sozinha na praia, sentada, a ler o jornal, a devorar as primeiras notícias matinais.

Em destaque, primeira página, em letras garrafais:

" Americanos descobrem finalmente a vacina para o HIV e a cura para cancro !";
" Decretado o fim da guerra. Retirada de tropas teve início já pelo final do dia de ontem."
" Ajuda humanitária contempla finalmente mais 1 milhão de crianças em todo o mundo".

E aqui, aqui na praia, o calor despontava, e o sol teimava em roçar-me a ponta nariz com os seus raios maliciosos.

A linha do horizonte parecia perdida numa pequena névoa rosada, enquanto que o sol fazia rodopiar os seus raios num pequeno frenesim gritante: "Deixem-nos subir, deixem-nos subir para iluminarmos tudo, deixem-nos subir para se ver melhor!".

O clanque dos chocalhos denunciava as cabras, que agora começavam a descer a falésia para o seu repasto matinal.

Tudo era silêncio e respirava tranquilidade. Tudo menos os chocalhos das cabras…

Pousei o jornal e levantei-me. Respirei fundo a leve brisa matinal e aproximei-me do mar.Mais uma pequena onda invadia a areia salpicando uma concha…e molhava-me o pé.

Não hesitei!

Mergulhei na água tépida, lavando comigo todas as inquietudes e os chocalhos das cabras...

Uma pequena avioneta quebrava a voz da natureza e aproximava-se, minúscula, no céu. Observei-a de dentro de água.

E começou a soltar pequenos pedaços de papel que rapidamente desciam, em direcção à areia e ao mar…. Pareciam pequeninos, mas à medida que se aproximavam, definiam-se: eram verdadeiras páginas que voavam e rodopiavam pelo ar!

Já não se via a areia....Só o mar coberto de folhas de um papel acinzentado, a névoa do horizonte que agora não queria desaparecer, e a avioneta que soltava milhares de folhas. E soltava, e soltava…

A areia, agora coberta de papel e o som dos chocalhos.

E a praia dizia:

" Americanos descobrem finalmente a vacina para o HIV e a cura para cancro !";
" Decretado o fim da guerra. Retirada de tropas teve inicio já pelo final do dia de ontem."
" Ajuda humanitária contempla finalmente mais 1 milhão de crianças em todo o mundo".

Um pé aqui, outro ali...para não molhar os jornais...

Sentei-me ao som dos chocalhos e do sol teimoso, na imensidão nas novidades:

" Americanos descobrem finalmente a vacina para o HIV e a cura para cancro !";
" Decretado o fim da guerra. Retirada de tropas teve inicio já pelo final do dia de ontem."
" Ajuda humanitária contempla finalmente mais 1 milhão de crianças em todo o mundo".

Observei uma cabra atrevida que ousadamente explorava as dunas. Não havia repasto ali...

Clanque clanque clanque das cabras e novamente o som da avioneta que se ia afastando no ar.

Os meus pulmões explodiam da alegria:

- Volta e traz mais notícias, traz mais notícias!!, acenava eu de braços expostos ao céu, desnudados no silêncio ávido de quem quer devorar todo o conhecimento do mundo num só instante!

Deitei-me no chão, descoberta e livre...

E senti os meus pés molhados já aquecidos!

Que macios eram os jornais... e mesmo por debaixo da minha cabeça, as palavras 'cura para o cancro' roçavam-me a nuca e o entendimento…

Virei-me para o lado e reparei na cabra, curiosa e atrevida que me fitava.

- Olha, anda cá! Anda cá bichinha, que te vou contar o que está aqui no chão. Anda cá!

- Deixa-me contar-te a novidade do chão que pisas! Anda cá!

- Méeeeeeeeeeeeee...e o seu chocalho soou e estremeceu a praia, sol e as folhas de papel que levitavam, agora, no chão!

- Méeeeeeeeeeeeeeee

E eu abri os olhos... e não havia praia, não estava sol, nem haviam os jornais. Anda cá… Onde estás?? Onde estás tu??
Canque, clanque.

Andá cá, repeti várias vezes, anda cá...Mas nem um vislumbre da cabra...

- Ohhhhhhhhh...

E uma lágrima soltou-se-me do olho, e as palavras soltaram-se da voz. Murmurei…

Sonhei.... Hoje, sonhei…

E limpei a lágrima triste com o meu dedo desapontado…

Da Elaine, para o Mundo inteiro!

Ostara, manhã de 22 de Março, ano cristão de 2005 – 8:20 am
( COISAS recomenda CONVICÇÕES )

terça-feira, março 22

COISAS QUE LI...

CONCEPÇÕES DIFERENTES

Alguns dados acerca da Holanda:
País com 16,2 milhões de habitantes, uma área de 41 526 km2, PIB per capita de US$ 26 310 e agora sim o facto mais curioso, as cinco principais cidades: Amesterdão (715 184 habitantes), Roterdão (589 987), Haia (442 159), Utreque (233 951) e Eindoven (197 766).
Se compararmos com Portugal, e apenas à luz destes dados, são sem dúvida concepções diferentes da organização da sociedade.
Se em 16,2 milhões de habitantes, apenas 2,3 milhões vivem nas 5 principais cidades, onde estão os restantes 14 milhões?
Nas cidades, vilas e aldeias de origem.
Também é por aqui que se desenvolve um país mantendo a sua identidade e costumes.



in: ZURUGOA - BLOG (COISAS recomenda)

 

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