O INDECISO... em dia de Legislativas...
É A INDECISÃO
dos indecisos que
ainda não se decidiram
que vai decidir
aquilo que
ainda está por decidir.
ou então talvez não.
ANIMAL
AVISO:Blog para dizer coisas sérias a brincar, sem brincar com coisas sérias.
É A INDECISÃO
dos indecisos que
ainda não se decidiram
que vai decidir
aquilo que
ainda está por decidir.
ou então talvez não.
ANIMAL
"Na Beira Interior, encontra-se a primeira aldeia wireless de Portugal. O projecto chama-se Ciberzonne e conjuga Wi-Fi e satélites.
Benquerença é uma aldeia típica beirã, com um amontoado de casas de xisto e ceifeiras de xailes pretos que passeiam em redor da igreja matriz. Só nas imediações da junta freguesia é possível verificar que o tempo não parou, nesta aldeia do concelho de Penamacor.
Junto ao telhado da edilidade, encontram-se duas antenas: uma parabólica e outra que parece um receptor rádio de automóvel gigante. A primeira estabelece comunicações com os satélites EutelSat e a segunda fornece Net de banda larga a 70% da aldeia, em wireless. Ambas tornaram Benquerença na primeira aldeia wireless de Portugal e ambas foram instaladas pelo Ciberzonne, ISP que está a apostar na distribuição de banda larga em locais remotos, onde não há cabo ou ADSL.
«Pretendemos expandir esta rede, através de círculos ou anéis, mas podemos ir para locais mais longínquos, no caso de haver, pelo menos, 15 a 20 utilizadores interessados numa determinada localidade. Com esta procura, já se torna viável fornecer banda larga numa aldeia», explica João Figueira, administrador da Realto, empresa que juntamente com a Novas Tecnologias e a Open Source Systems gere o ISP Ciberzonne. (...)"
Noite...
não durmo,
não sei porquê!
Penso...
sim, penso,
a minha mente,
turbilhão de pensamentos,
procura coordenar
a mensagem que cada um trás,
não me deixa parar!
Aqui estou...
sim, aqui estou,
procurando saber,
tentando responder
às perguntas por fazer.
Procuro...
sim, procuro,
não sei o quê!
talvez o porquê dos porquês,
aquilo que não sei!
Porventura, procuro soluções,
ou, tão simplesmente,
aquilo que sou.
Navego num oceano de incertezas
à espera de encontrar outrem,
que nele navegue como eu,
que se encontre perdido dentro de si,
tal como eu me encontro.
Imagino...
sim, imagino!
imagino e sonho,
fabrico desejos e imagens,
realizações fantasmas,
imagens egoístas, de mim,
só para mim,
objectos telúricos, que povoam a minha mente,
deixando cada vez mais este mundo material
e fazendo parte do meu tesouro,
tesouro do meu imaginário,
perlavado de sentimentos insanos.
Escuto...
sim, escuto este silêncio,
duro e envolvente,
enredando-me na sua zunideira,
fazendo-me parecer único,
convidando-me à introspecção
e a fazer sair de dentro de mim
o que dentro de mim tenho.
Sinto...
sim, sinto que sou,
sinto como sou,
mas não me compreendo.
Sinto que há tanto para mudar,
tanto para fazer,
tanto para Amar!
Oh! meu Deus!
tão ignóbil pode ser este ser,
que gasta a vida,
esbanja o seu esforço
nos mais fúteis artifícios,
na procura do inútil,
engendrando conceitos pejados de mentiras,
alimentando dúvidas e ódios,
suscitando desavenças,
com o único objectivo de alcançar o prazer?
Espero...
sim, espero!
Espero ver perdoar,
sentir espontaneidade
ao ouvir desculpar,
sabendo que há calor,
que há verdade
em quem perdoa
e humildade no que toma o perdão.
Que bom!...
sim, que bom saber,
que mesmo no meio da solidão,
mesmo com todos os meus defeitos,
tenho ainda Amigos,
mesmo com defeitos,
não sendo perfeitos
os quais são, muito sinceramente,
verdadeiros Irmãos.
Pensei...
assim pensei,
não sei porquê,
sonhando acordado
durante essa noite,
depois...
depois, dormi!...
Jó Carvalho
Lisboa 1989